Reunião com entidades pela PARIDADE 33

11/06/2011

Na quarta-feira 08/06, às 18:30, na sala 505 da FACED, realizou-se a primeira reunião das entidades da UFRGS que estão construindo a campanha pela paridade. A reunião contou com a presença de representantes do GTUP, DAFE, CAEA, DAFA, DACOM, DAEE, DAECA, CERI, DAEFi, CAPP, CATC, CECS, Coletivo Saúde UFRGS e DCE.

Primeiramente cada participante fez uma fala breve expondo opiniões e trazendo relatos sobre situações em que a falta de paridade nas suas unidades prejudicou o avanço da democracia e difundiu esse modelo universitário arcaico e hierárquico. Reconhecendo a paridade como uma questão histórica dentro do movimento estudantil sabemos da importância de não limitá-la a um movimento dentro dos conselhos, mas também um movimento junto aos estudantes. Para tanto, é necessário questionar a universidade que temos e a universidade que queremos construir a partir de um movimento composto por estudantes, técnicos-administrativos e docentes de forma conjunta.

Após as falas houve um momento de “chuva de idéias” em que os participantes apresentaram propostas para materialização e massificação da campanha, dentre os quais destacamos: a ampliação do número de DA’s, CA’s e demais entidades na construção da campanha; produzir cartazes informativos sobre a questão da paridade; realizar seminários ou grupos de discussões nas unidades para instrumentalizar os estudantes acerca do assunto; realizar atos a favor da paridade nos conselhos da universidade; difundir o abaixo-assinado por meio físico e virtual; exposição de um teatro sobre a paridade; campeonatos de vôlei e truco pela paridade; etc.

A fim de dar continuidade para a campanha, marcou-se uma nova reunião para segunda-feira, dia 27/06, às 17h na FACED (sala a confirmar).


Carta convocatória para as entidades:

06/06/2011

Na UFRGS, presenciamos a cada eleição para a reitoria uma situação injustificável de sub-representação dos segmentos mais numerosos da universidade, através da proporcionalidade de 70% para os docentes, 15% para os técnico-administrativos e 15% para os estudantes. É necessário lembrar que essa desproporção se reproduz no cotidiano dos órgãos colegiados da universidade, onde a divisão 70/15/15 é a regra geral.

Se considerarmos que nossa comunidade acadêmica tem muito mais alunos do que o número de servidores (técnicos e professores), nos deparamos com uma iniqüidade manifesta: a cada votação de conselho, ou a cada eleição de reitor, um voto docente corresponde a mais ou menos 15 votos de servidor e 80 votos de estudante. A sobre-valorização da decisão dos professores em relação aos demais segmentos é reflexo de um preconceito arcaico e bacharelesco – típico de uma universidade construída sobre hierarquias. A defesa da atual configuração 70/15/15 se baseia em argumentos semelhantes aos utilizados pelas elites tradicionais contra o sufrágio universal, visto então como uma ilegítima intromissão do povo nas questões políticas.

Já é hora de relegarmos ao passado esse autoritarismo e avançarmos no processo de democratização da universidade, reconhecendo as diferenças de cada um dos três segmentos, mas não utilizando-as como base para o argumento conservador e tecnocrático que respalda a divisão 70/15/15. Se a universidade não estimular a divergência e as posições contraditórias, ela tem de tirar de sua fachada o nome universidade. Devemos reconhecer as particularidades de cada segmento e, a partir delas, reforçar nossa consciência democrática e exigir seu direito de representação paritária “33/33/33”.

Desejamos uma Universidade Pública, Gratuita, Popular, Autônoma, Democrática e, por consequência, sem discriminação.

No século XXI, onde trabalhamos por um mundo solidário, participativo e igualitário, a UFRGS ainda usa de um processo retrógrado na escolha de seus dirigentes. Até quando?!?! Não nos calemos, PARIDADE JÁ!

Para tanto CONVOCAMOS TOD@S ENTIDADES A COMPARECEREM NA REUNIÃO ORGANIZATIVA DA CAMPANHA DA PARIDADE!

QUANDO? DIA 08/06.
ONDE? SALA 505 FACED.
QUE HORAS? ÀS 18:30.



PARIDADE 33

02/05/2011

MANIFESTO PELA PARIDADE

“Na UFRGS, presenciamos a cada eleição para a reitoria uma situação injustificável de sub-representação dos segmentos mais numerosos da universidade, através da proporcionalidade de 70% para os docentes, 15% para os técnico-administrativos e 15% para os estudantes. É necessário lembrar que essa desproporção se reproduz no cotidiano dos órgãos colegiados da universidade, onde a divisão 70/15/15 é a regra geral.
Se considerarmos que nossa comunidade acadêmica é composta por cerca de 23 mil estudantes, 7 mil servidores e 2 mil professores, nos deparamos com uma iniqüidade manifesta: a cada votação de conselho, ou a cada eleição de reitor, um voto docente corresponde a 15 votos de servidor e 80 votos de estudante. A sobre-valorização da decisão dos professores em relação aos demais segmentos é reflexo de um preconceito arcaico e bacharelesco – típico de uma universidade construída sobre hierarquias. A defesa da atual configuração 70/15/15 se baseia em argumentos semelhantes aos utilizados pelas elites tradicionais contra o sufrágio universal, visto então como uma ilegítima intromissão do povo nas questões políticas. Já é hora de relegarmos ao passado esse autoritarismo e avançarmos no processo de democratização da universidade, reconhecendo as diferenças de cada um dos três segmentos, mas não utilizando-as como base para o argumento conservador e tecnocrático que respalda a divisão 70/15/15. Devemos reconhecer as particularidades de cada segmento e, a partir delas, reforçar nossa consciência democrática e exigir seu direito de representação paritária.
Por isso, nós, enquanto entidades representativas da UFRGS, viemos expressar nosso apoio à proporção paritária na representação de docentes, servidores e estudantes nas deliberações da instituição. Assim, defendemos que cada segmentos desfrute de 33% de participação de acordo com o total votante, como detalha a proposta em anexo. Acreditamos que a adoção da paridade não garante a democracia plena da universidade, mas é um passo importante e urgente nessa caminhada.
As experiências de avanço nessa democratização estão surgindo no Brasil e na própria UFRGS. Recentemente, a Universidade Federal Fluminense aprovou em sessão do Conselho Universitário uma medida para assegurar a proporção 33/33/33 nas eleições da Administração Central, no que vem se juntar à UFSC, UnB e outras. A paridade é um avanço mínimo, mas que a UFRGS permanece negando a seus servidores e estudantes, com base em um raciocínio retrógrado e antidemocrático. Convidamos a tod@s @s servidor@s, estudantes e professor@s da UFRGS a refletir sobre essa situação e assumir como sua essa causa, para que enfim possamos dizer juntos: pela democracia na universidade, é paridade 33!”

Assine o baixo-assinado da comunidade acadêmica da UFRGS pela paridade entre os três segmentos (discentes, docentes e servidores) nos Conselhos de Representação da universidade e colabore com a campanha por uma universidade mais justa e democrática: ABAIXO-ASSINADO PELA PARIDADE 33.